terça-feira, setembro 20, 2005

Conceitos...

Existem características típicas do ser humano que fascinam estudiosos e leigos. Talvez a mais citada seja a capacidade de ter idéias, opiniões e gostos diferentes, a variedade de conceitos que desenvolvemos. Concordo, plenamente, mas em certos momentos essa também é nossa característica mais irritante. Quem nunca teve vontade de estrangular alguém que discorda veementemente do que acreditamos? O ditado diz que não se discute religião, política e futebol. Falando por mim, estou cansado de presenciar minha família bater boca sobre Deus, amigos se digladiarem em defesa de seus partidos e rivais se matarem durante jogos. Até aí tudo bem, pois assim como a diversidade, a teimosia é uma característica reinante no homo sapiens. Mas o que dizer de pessoas que têm conceitos claramente deturpados? Antes que me digam para não julgar as idéias alheias, aviso logo que não aceito a opinião de alguém que bate o pé para dizer que estabelecimento não é uma palavra comum. Sim, estou falando de alguém em particular. Mais especificamente do professor que, enquanto escrevo, está dando aula, insistindo em explicar para uma turma de futuros jornalistas a um ano da formatura a diferença entre negrito e itálico. Das duas uma: ou ele acredita que está lidando com uma turma de beócios, ou que foi contratado para dar aulas de informática para iniciantes. Como se não bastasse, nosso pernóstico mestre é do tipo que sequer ouve opiniões diferentes da dele, o que significa que vou ter que fazê-lo acreditar que concordo com seus conceitos desvairados acerca da produção de reportagens para passar. Sinceramente, não estou nem um pouco interessado em aprender o que ele quer ensinar. Se isso fizer de mim um profissional menos qualificado, que seja, mas definitivamente não confio no conceito de profissionalismo de uma universidade que contrata alguém como meu sábio professor.

quarta-feira, setembro 07, 2005

Sobre Diegos e Diogos

Existem pessoas que não gostam do seu nome por ser muito comum e lamentam não poderem assinar de forma mais estilosa. O grupo oposto, por sua vez, venera sua graça, mas freqüentemente sofre por ter que soletrar quando precisa se identificar. Minha sina é fazer parte do meio termo, tendo um nome fácil de ser reconhecido, mas confundido amiúde. Não reclamo de forma alguma de me chamar Diego, mas cresci com um certo trauma por ter que corrigir um número significativo de gente que está certo que vou atender por Diogo. Não sou pretensioso a ponto de exigir que decorem meu nome assim que me conhecerem, mas imploro que, se o fizerem, tenham a bondade de decorar o nome certo, até porque não é difícil fazer uma associação. Os Diogos que me perdoem, mas o fato é que os Diegos levam vantagem nesse quesito, dado o número de homônimos famosos que nós temos, como São Diego, Diego de La Vega (o Zorro) e Diego Maradona. Aqui se faz necessário abrir um parêntesis. Façam a associação que acharem conveniente, mas nunca me chamem de nenhum desses personagens, principalmente o último citado. Alguns engraçadinhos acreditam realmente que eu aprecio ser comparado a um argentino (nacionalidade que não é a minha) jogador de futebol (esporte que não suporto) viciado em cocaína (substância que definitivamente não uso). Mas deixando isso de lado antes que eu seja taxado de “Diego, O Insuportável”, vou mudar de tópico e demonstrar solidariedade com minha irmã, que não só tem um nome incomum, mas também bastante confundido. O amor pelo seu querido Mirtza Muhlert se transforma em cólera toda vez que ela é chamada de Marisa Mulher ou Maritza Huhbert. Bem, poderia ser pior. Ela tem mais é que agradecer por Mirtza ser um nome russo, e não argentino...