quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Festas de fim de ano: Parte 2 - A festa da vã esperança
A segunda festa de fim de ano, não menos importante que a primeira, tem suas próprias peculiaridades para quem delas participa. A minha terminou sendo bastante inusitada, pois fui intimado a romper o ano no interior com familiares. Não estou reclamando, pelo contrário. Terminei me divertindo mais do que esperava. Em consoância (ou seria concorrência?) com o Natal, o Ano Novo também tem uma ceia caprichada. Na minha família não tem como ser diferente, pois parece haver uma disputa para ver quem dorme por último, e para agüentar o tranco, só enchendo com bastante comida a barriga que já está cheia de bebida. Azar de alguns, que comeram muito de algum prato de origem duvidosa. Foi engraçado no dia seguinte, todos trocando informações sobre quais pessoas de cada casa sofreram os efeitos. Acho que tive sorte. Minha poção da especiaria laxante foi bem pequena, mas ainda me rendeu uma ida desesperada ao banheiro. Outra coisa muito interessante do Ano Novo é ver como subitamente todos ficam amigos íntimos, desejando um ano maravilhoso, mas certamente não vão ter o interesse de acompanhar os 365 dias seguintes do semelhante. Mais uma vez devo dizer que isso não é uma crítica. Minha opinião é que é exatamente esse o espírito do Reveillon: começar o ano agindo de um modo, na esperança que esse modo se estenda até o próximo 31 de dezembro. Todos sabemos que raramente isso funciona, mas não custa tentar, não é? Só espero que a prática não dê certo para sentimentos contrários ao amor, porque se for o caso, posso esperar um 2007 cheio de brigas na minha família. Não poderia ser diferente, já que, para muitos, o primeiro dia do ano foi um pé de guerra para ver quem estava no direito de usar o banheiro antes do outro.
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